A Nova Máxima Histórica das Criptos (Sem o Varejo)

No dia 22 de julho de 2025, o mercado cripto atingiu um marco histórico: US$ 3,9 trilhões em valor de mercado. É o maior patamar já registrado na história das criptomoedas (até então).

A liderança, como esperado, veio do Bitcoin, que sozinho representa US$ 2,44 trilhões — cerca de 64% de todo o market cap global. Na segunda posição está o Ethereum, com US$ 370 bilhões, seguido de longe por altcoins como Solana, XRP e Cronos, que ganharam tração mais recentemente.

O QUE DIFERENCIA ESTE CICLO DOS ANTERIORES?

Não é a euforia do varejo que está fazendo preço. Pelo contrário, analisando as buscas por “bitcoin” no Google, vemos que o interesse no tema está muito abaixo das máximas. Mesmo com o Bitcoin rompendo máximas, o interesse popular segue em queda. Isso indica uma mudança fundamental, sinalizando que a maior parte da nova demanda vem dos institucionais.

“É o resultado direto do capital institucional entrando em massa” – Eric Balchunas, Bloomberg (12/jul/25)

Esse novo ciclo é impulsionado por três grandes vetores. Em 2025, os ETFs se tornaram protagonistas do mercado cripto, com US$ 51 bilhões em fluxos acumulados, com destaque para um único dia que somou US$ 1,18 bilhão.

Tal movimentação se apoiou em um cenário político favorável, com Donald Trump promovendo uma agenda pró-Bitcoin e defendendo inclusive a criação de uma reserva estratégica federal de Bitcoin. Além disso, dois projetos de lei com grande potencial transformador ganharam destaque no Congresso: o Genius Act e o Clarity Act.

O Genius Act foi aprovado no Senado em 17 de junho por 68 votos a 30, e na Câmara em 17 de julho, por 308 a 122. No dia 18 de julho, foi sancionado pelo presidente Trump, tornando-se oficialmente lei. O texto regula a emissão de stablecoins de pagamento, exigindo lastro em dólar, auditorias periódicas e segregação de reservas.

Já o Clarity Act, que trata da classificação legal de tokens digitais, ainda está em tramitação. A expectativa é que seja votado nas próximas semanas.

Com essas medidas, o setor passa a operar com um horizonte regulatório mais previsível, o que fortalece a confiança institucional e atrai novos fluxos de capital para o ecossistema cripto.

Com todo esse contexto, o Bitcoin chegou a acumular uma alta de 30% no ano, atingindo US$ 123.153. O Ethereum representa 9,7% do market cap global, consolidando sua função como principal infraestrutura de contratos inteligentes. A Trump Media, por sua vez, protocolou três ETFs distintos: um com 100% Bitcoin, outro com 75% BTC e 25% ETH, e um terceiro (batizado de “Blue Chip”) com cinco ativos (BTC, ETH, SOL, CRO e XRP), com meta de captar US$ 2,5 bilhões. Paralelamente, o ETF da BlackRock, o iShares Bitcoin Trust, alcançou a marca impressionante de US$ 72 bilhões sob gestão.

O QUE VEM A SEGUIR

As decisões da SEC sobre os novos ETFs devem sair entre agosto e setembro. Se aprovados, podem consolidar esse como o ciclo mais relevante da década. A expectativa é que o Bitcoin teste a zona de US$ 125.000 como próxima resistência.

Para nós da Zanella Wealth, este marco não é apenas uma euforia de preço. É a confirmação de que cripto já se consolidou como um componente essencial de qualquer portfólio moderno, inclusive no planejamento institucional.

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Renan Zanella, CFA
Renan Zanella, CFA
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