“The world is full of foolish gamblers, and they will not do as well as the patient investor.” Charlie Munger

A frase escolhida este mês na nossa capa é em homenagem ao grande investidor e intelectual Charlie Munger, sócio e amigo de Warren Buffet. Para todos que buscam se tornar um investidor e profissional melhor, recomendamos a leitura dos livros a respeito da vida de Munger, uma mente brilhante que nos deixou recentemente.

O mercado se move em narrativas e ajusta sua trajetória a medida que novos dados são divulgados. Vimos isso recentemente com a pandemia em 2020; recuperação em shape V; inflação transitória; higher for longer; recessão e agora o tal do soft landing (pouso suave).

Última divulgação do Atlanta Fed GDPNow mostrou uma estimativa de crescimento de 1,2% para o 4º trimestre, abaixo de 2% projetado anteriormente, mas ainda assim um crescimento positivo.

Somado aos dados de inflação mais benignos (PCE e CPI se comportando bem), o cenário de pouso suave se torna uma aposta cada vez mais viva para os investidores.

Os mercados emergentes – e o Brasil se encaixa muito bem nisso – se beneficiaram deste cenário, em especial por terem valuations mais atrativos em comparação ao mercado americano.

A pergunta que fica é se a narrativa irá mudar e se sim, como nos posicionarmos?

Alan Blinder, ex vice-presidente do Fed, em “Uma história monetária e fiscal dos EUA, 1961-2021”, mostrou a tremenda evolução da política monetária norte americana em seis décadas. Além disso, o professor de Princeton fez um levantamento do dos últimos ciclos de aperto monetário (desde 1965) e os seus desdobramentos na economia.

Sete dos onze episódios foram “bem suaves”, entre eles estão os períodos de 1965-66, 1967-69, 1983-84, 1988-89, 1994-95, 1999-2000 e 2004-06.

Em três outros casos, o resultado foi uma recessão bastante severa. Períodos de 1972-74, 1977-80, 1980-81.

Atualmente, o modelo de Probabilidade de Recessão de Estrella e Mishkin apontam a chance de 51,8% de uma recessão.

O mercado de trabalho continua sinalizando uma desaceleração econômica – Jolts em queda e com revisões para baixo, número de perdas permanentes e pedidos de seguro desemprego contínuos acelerando.

Uma grande recessão não parece ser o cenário, mas algo parecido com 2001 (mais brando) parece ser inevitável.

Se este cenário se concretizar, não deve demorar para vermos o aumento da liquidez por parte dos bancos centrais.

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Renan Zanella, CFA
Renan Zanella, CFA
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