O ERRO SILENCIOSO DE 99% DOS INVESTIDORES
Ainda hoje, a maior parte das pessoas tenta avaliar os criptoativos com as mesmas ferramentas usadas para analisar empresas tradicionais.
Buscam lucro, balanço, market share…, mas ignoram completamente a estrutura econômica por trás desses ativos.
É como tentar avaliar o dólar pela quantidade de cafés que a Casa Branca vende.
O resultado é muito ruído, confusão e uma avaliação distorcida sobre o real valor desses ativos.
Para a Fidelity: “O investidor tem lutado para enquadrar criptomoedas e muitas vezes se baseia em uma versão centralizada da internet (web2).”
BLOCKCHAINS NÃO SÃO EMPRESAS. SÃO ECONOMIAS SOBERANAS
A Fidelity propôs uma ideia no mínimo ousada:
“E se as blockchains funcionassem como países digitais?”
Sob esse ponto de vista, cada carteira ativa deixa de ser apenas um identificador técnico e passa a representar um cidadão. Cada transação registrada se torna uma atividade econômica legítima dentro do “território digital”.
E a moeda nativa (como o ether no caso do Ethereum) passa a cumprir, simultaneamente, o papel de meio de troca, unidade de conta e reserva de valor.
É uma mudança radical. Mas faz sentido, você tem que admitir.
ETHEREUM JÁ TEM PIB, MOEDA FORTE E CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
Os dados confirmam a analogia.
A rede Ethereum já ultrapassa 3 milhões de endereços ativos diários, revelando um crescimento populacional constante.
Seu uso é amplo, onde cerca de 47% da atividade econômica da rede ocorre no setor financeiro, 25% em operações de trade e 22% em entretenimento e outras categorias.
Além disso, o ether (ETH) tornou-se a moeda predominante nas exchanges descentralizadas, representando 74% do volume negociado, uma forte evidência de que atua como meio de troca dominante em sua economia nativa.
A diversidade de aplicações cria resiliência econômica. Uma blockchain que depende de um único setor é frágil. Mas o Ethereum opera como um país com várias indústrias.
Para os autores do estudo, “Cada usuário ativo pode ser visto como um cidadão digital.”
COMO CALCULAR O PIB DE UMA BLOCKCHAIN
A Fidelity propõe um modelo simples e elegante para avaliar a atividade econômica de uma rede:
- Consumo: taxas de transação pagas para usar a rede (gás), funcionando como um imposto indireto.
- Investimento: volume de ativos depositados em pools de liquidez e quantia travada em staking.
- Governo: gastos da fundação que mantém o ecossistema e o pagamento aos validadores.
- Exportação: uso da rede para interagir com outros sistemas (pontes, stablecoins, DePINs).
O próprio custo de transação varia conforme a oferta e demanda por “blockspace“, como mostra o Gráfico 7. Quanto maior a demanda, maior o preço para ser incluído num bloco.
Esse modelo não apenas explica a valorização de ativos, mas também revela as forças estruturais por trás do crescimento de uma rede.
DIVERSIFICAR ENTRE BLOCKCHAINS SERÁ COMO INVESTIR EM PAÍSES
Assim como investidores comparam EUA, China e Brasil, também precisarão comparar Ethereum, Solana e outras.
Cada uma com seu modelo monetário, política fiscal (burns e emissões), base de usuários e composição setorial.
Ignorar isso é perder a chance de se posicionar num novo tipo de economia emergente.
Para a Fidelity, “as economias digitais e suas moedas associadas permitem aos investidores diversificar suas exposições de reserva de valor.”
A PERGUNTA FINAL É SIMPLES
Você ainda insiste em avaliar criptos como se fossem startups?
Ou já entendeu que algumas blockchains têm PIB, moeda forte, exportação e infraestrutura própria?
O futuro da alocação já começou. A pergunta é se você vai se antecipar ou correr atrás depois.
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