“It’s not whether you’re right or wrong that’s important, but how much money you make when you’re right and how much you lose when you’re wrong.” – George Soros
Não diferente dos outros meses do ano, outubro foi marcado por fortes eventos no mercado, sendo o mais triste e trágico o conflito em Israel e o mais relevante em termos de preço a abertura da curva de juros nos EUA, ou seja, aumento do rendimento das treasuries (títulos emitidos pelo tesouro americano, considerado um emissor sem risco).
Apesar das diferentes estratégias existentes no mercado, há uma regra que todos os bons investidores buscam perseguir: comprar um ativo quando ele está barato e vende-lo quando está caro.
No entanto, uma precificação cara ou barata depende do ponto de referência. No mercado financeiro, o preço de referência mais importante para decidir se algo está caro ou barato, se apresenta uma boa ou má performance, é a taxa das treasuries.
O preço de todos os ativos é derivado, de forma mais ou menos direta, da taxa desses títulos. Enquanto essa taxa, em especial a do título de 10 anos, oscilou muito pouco na última década e ficou entre 1,5% e 2% ao ano, desde 2022 vimos um aumento de 300bps, atingindo um patamar recorde de 5% no mês anterior, a maior taxa desde 2007.
Rendimento do título de 10 anos do Tesouro Americano
Nenhum mercado passou impune por este aumento. Os rendimentos dos títulos do Tesouro têm o poder de influenciar as taxas de hipotecas, dívidas corporativas, empréstimos e financiamentos familiares.
Dados da S&P Global Market Intelligence mostraram um registro de 62 pedidos de falências corporativas nos EUA no mês de setembro. No acumulado do ano (jan-set), o número é o maior desde 2011, desconsiderando o ano da pandemia em 2020.
O nível de inadimplência de crédito automotivo está em forte ata, o que impacta diretamente a confiança dos consumidores.
O que parece ter gerado alívio foram os dados do mercado de trabalho nos EUA. Os dados do payroll vieram abaixo das estimativas e ainda houve revisões para baixo dos meses anteriores.
A pesquisa household que tem uma metodologia diferente e aparentemente mais próxima da realidade apresentou uma perda de 348mil postos de trabalho.
Diante desses dados e de uma política monetária já bastante restritiva, o Fed manteve a taxa de juros e o mercado respirou aliviado, com o rendimento das treasuries caindo, o que ajudou os ativos de risco e o Brasil não ficou fora desse movimento.
No Brasil o mercado de futuros passou a precificar uma taxa Selic terminal próxima de 10,75% no final de outubro, mas com a melhora no ambiente externo e os dados positivos de IPCA, a precificação atual está próxima de 10,15%, o que para nós ainda indica certo prêmio a ser capturado nas posições prefixadas, especialmente de curto prazo, diante de dados mais benignos de inflação.
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