PRIMEIRO PAINEL COM A FRANKLIN TEMPLETON
Em nosso segundo dia de agenda profissional, tivemos a oportunidade de conhecer uma das sedes da Franklin Templeton. Trata de uma das 13 gestoras que disponibilizaram ETFs spot de bitcoin recentemente. Com uma visão mais disruptiva e inovadora de mercado, a gestora aderiu ao movimento laser eye até o início do ano de 2024, que estima a precificação da cripto aos 100 mil dólares.
A Franklin, ainda, foi a primeira gestora considerada tradicional a tokenizar um fundo money market (mais informações neste vídeo). O processo de tokenização consiste em transformar ou representar ativos e produtos em ativos digitais, com o token indicando a posse total ou parcial do ativo original.
A empresa, que é listada na NYSE, a maior bolsa de valores do mundo, conta com um valor de mercado aproximado de 13 bilhões de dólares. Sua divisão de ativos sob gestão, o asset under management (AUM), consiste em: 565 bilhões de dólares em renda fixa, 550 bi em ações, 256 bi em alternativos (crédito e dívida privados), 160 bi em multi ativos e 68 bi em fundos money markets.
No Brasil, os investidores podem reconhecer a disponibilidade dos produtos da Franklin principalmente por meio dos fundos da Western Asset, principal gestora do grupo a ter presença relevante por aqui. Seu modelo econômico que considera 12 indicadores diferentes indica fatores de risco que apontam para uma recessão, conforme consta no gráfico abaixo:
Ao mérito do S&P500, principal índice de ações dos Estados Unidos, a Franklin compartilha o fato de que praticamente no último século o retorno anual superou o percentual de 20% em 37 oportunidades. Enfatiza o fato de que mais de 70% dos anos o índice apresentou retornos positivos:
SEGUNDO PAINEL COM A BLACKROCK
A visita na BlackRock reforçou várias das práticas que adotamos como base para qualquer portfólio das famílias atendidas pela Zanella Wealth: ênfase para a análise e gerenciamento de riscos, bem como de um Asset Allocation estruturado para atender ao perfil e às demandas daquela família.
A gestora destaca que 94% dos retornos de uma carteira vêm do Asset Allocation, sendo o restante segregado em timing e security selection, que, em apertada síntese, tratam respectivamente do momento julgado ideal para compra/venda de determinado ativo e do processo de seleção individual de cada ativo que irá compor a carteira.
A gestora é a maior do mundo hoje em Asset Under Management (AuM), contando com mais de 10 trilhões de dólares de ativos sob sua gestão. Destes, cerca de 3.5 trilhões são geridos por meio de ETFs (exchange-traded funds). Tratam de instrumentos que proporcionam uma maneira mais eficiente e menos onerosa aos investidores na busca de um portfólio diversificado, tendo na BlackRock um vetor fundamental para fomentar o crescimento dessa indústria.
No Brasil, estamos familiarizados com alguns dos principais ETFs do mercado que são geridos pela iShares, marca do grupo BlackRock, são estes:
BOVA11 – ETF que replica o índice Ibovespa; IVVB11 – ETF que replica o S&P500 com a flutuação cambial, e SMAL11 – ETF das small caps da nossa bolsa.
Em seus paineis, a BlackRock destacou um fator que é negligenciado muitas vezes pelos investidores que não equilibram corretamente a relação de risco e retorno de suas carteiras, que é o percentual de upside (valorização) a ser atingido dependendo da queda do portfólio
Ao analisarmos o drawdown (desvalorização do topo ao fundo de um ativo) de um fundo vemos que a valorização necessária para voltarmos ao valor que tínhamos antes é maior do que a desvalorização.
Além disso, pudemos entender na prática como a maior gestora do mundo diversifica seu portfólio de acordo com as moedas e países. Isso é um dado extremamente importante para nós brasileiros, que estamos em um país emergente, olhando para os Estados Unidos, que além de desenvolvido, veem o mundo todo levar seu dinheiro para investir em empresas e no governo americanos. 58% dos US$ 10 trilhões estão investidos nos Estados Unidos, enquanto apenas 4% desse valor estão investidos no Brasil.
É uma prova de que o nosso discurso de diversificação e dolarização de parte do patrimônio não é por opinião ou convicção pessoal, mas um aprendizado trazido pela observação dos dados históricos. E isso se mostra válido não apenas olhando para retornos em janelas móveis, mas também pela volatilidade, já que em momentos de estresse, os ativos dolarizados sofrem menos do que os ativos cotados em reais.
Texto elaborado por Renan Zanella, Lucas Viero De Conti e Luiz Felipe Morelli
Se você busca ajuda de um time qualificado e independente para te guiar nesses movimentos de mercado, entre em contato com a Zanella Wealth: https://zanellawealth.com.br/contato/