Uma das questões mais frequentes que surgem no mundo dos investimentos é: quantas ações devemos ter em nossa carteira? A resposta a essa pergunta pode ser mais complexa do que parece à primeira vista.
A diversificação é um dos princípios mais antigos e fundamentais no mundo dos investimentos. A ideia por trás desse conceito é simples: não coloque todos os seus ovos em uma única cesta. No entanto, antes de discutirmos quantas ações são ideais em sua carteira, é importante entender por que a diversificação é tão essencial.
A Teoria da Diversificação
Harry Markowitz, um nome que ressoa no mundo das finanças, ganhou o Prêmio Nobel nos anos 90 por sua contribuição à Teoria Moderna do Portfólio. Sua teoria enfatiza a importância da diversificação. Diversificar seus investimentos é como um “almoço grátis” no mercado financeiro – uma maneira de aumentar a expectativa de retorno e reduzir o risco.
O risco é uma palavra familiar no mundo dos investimentos, mas pode ser dividido em duas categorias principais: risco sistemático e risco não sistemático. O risco sistemático, também conhecido como risco de mercado, afeta todas as empresas e é, em grande parte, incontrolável. Ações políticas, crises globais e catástrofes naturais são exemplos de riscos sistemáticos.
O risco não sistemático, por outro lado, é específico de determinados setores ou empresas. Mudanças regulatórias em um setor, por exemplo, afetarão apenas aquelas empresas, não todo o mercado. É esse risco específico que a diversificação visa reduzir.
A Quantidade Ideal de Ações na Carteira
Agora que compreendemos a importância da diversificação, a pergunta persiste: quantas ações devemos ter em nossa carteira? Não há uma resposta única e definitiva, pois diferentes filosofias de investimento podem ser bem-sucedidas. No entanto, estudos recentes sugerem que ter entre 20 e 30 ações é o número ideal para alcançar uma diversificação completa. No entanto, pode ser apropriado trabalhar com uma faixa menor, entre 10 e 25 ações, especialmente para investidores iniciantes.
Ter muitas ações em sua carteira pode ser contraproducente, uma vez que pode ser difícil acompanhar todas elas. Para tomar decisões informadas sobre quando comprar, vender ou manter uma ação, você precisa estar atualizado com os fundamentos de cada empresa. Ter um número gerenciável de ações torna essa tarefa mais realista.
Diversificação em Setores e Empresas
Além do número de ações, é crucial diversificar entre setores e empresas. Ter 10 empresas do mesmo setor ou 20 empresas cíclicas não é uma diversificação eficaz. Setores diferentes têm desempenhos diferentes em momentos diferentes da economia, e a diversificação entre setores ajuda a minimizar a volatilidade em sua carteira.
Conclusão
Em resumo, a resposta à pergunta “quantas ações devo ter na minha carteira?” depende de diversos fatores, incluindo sua experiência como investidor e seus objetivos financeiros. No entanto, manter uma carteira diversificada com um número gerenciável de ações, entre 10 e 25, parece ser uma abordagem sólida para a maioria dos investidores.
Lembre-se de que a diversificação é uma ferramenta poderosa para reduzir o risco, mas é igualmente importante acompanhar suas ações e diversificar entre setores e empresas. Encontrar o equilíbrio certo é fundamental para o sucesso a longo prazo no mundo dos investimentos.
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